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Busco luz na profundidade. Denise Barra - 30 de março de dois mil e 6

"Ela desatinou Viu morrer alegrias Rasgar fantasias Os dias sem sol raiando E ela inda está sambando" Chico

MAIS UM POEMA DA SÉRIE "AMOR EMPOEIRADO" Dois corações Dois corações se alegram se ajustam no compasso Dois corações se alimentam E, aos poucos, te abraço É tão bom que quero mais Só os dois e nada faz Seu sangue é meu vinho Seus pêlos, o meu ninho Dois corações se arranham se destroem sem motivo se engolem, se reclamam E, aos poucos, eu me privo Dois corações tentam em vão se tornarem um que não cabe em si de amor e também de negação Dois corações sem respeito, só cobrança batem por insegurança E, se percebem que dois não podem ser um Nessa busca de baterem juntos em som ritmado tornam-se cada vez mais fundos vazio distante descompassado Os limites invisíveis o calor já dissipado as palavras indizíveis o sangue ferve rápido Dois corações de repente, param as promessas de amor sem dor, se calam E nesse solo desespero que só no fim é notado o coração sem desvelo só quer ser respeitado Some o mundo perde o pulso síncope dos corações separados... ... e depois do ar tomado redobr

SOU MEU SOL Não refaço textos Não uso pretextos Vivo de verdade Escrevo tudo de uma vez Se puder conte até três Viva a criatividade Desconheço estruturas Prefiro rupturas Veia de insanidade Não admiro estética Me encanta a ética Vou de profundidade Não tenho heróis Não planto girassóis Colho humanidade Não esmero rimas ricas Não procuro primas finas Me prendo à liberdade Denise Barra (Vôo SP/BH, 16/03/06)

Não sou feita de matéria plástica barata, leve, prática Sou densa feito madeira e eu mesma crio meus cupins Não tenho eira nem beira só quero uma casa no campo Sou mesmo muito elástica flexível, pouco estática Me adapto bem ao que é bom E ao que, para outros, pode ser o fim. Denise Barra

Sagrada Família - Barcelona - Espanha

Londres - Inglaterra Budapeste - Hungria Genebra - Suiça

Berlim - Alemanha Zaanse Schans - Holanda Veneza - Itália

Como ser poética sobre o mais poético ser? Pele branca, macia, olhos transparentes de luz do céu Cabelo de ouro escorrido, lábios virgens de letras Só brilho de leite puro de mãe Mão que me nina, me anima, me aviva, me mima! Mãe que dá tudo o que quero pra viver Ver meu sobrinho crescer é ver a vida redescoberta, intocada, certa do jeito que só ele pode ser João é canção, é benção, é paz no coração!