MAIS UM POEMA DA SÉRIE "AMOR EMPOEIRADO"
Dois corações
Dois corações se alegram
se ajustam no compasso
Dois corações se alimentam
E, aos poucos, te abraço
É tão bom que quero mais
Só os dois e nada faz
Seu sangue é meu vinho
Seus pêlos, o meu ninho
Dois corações se arranham
se destroem sem motivo
se engolem, se reclamam
E, aos poucos, eu me privo
Dois corações tentam em vão
se tornarem um
que não cabe em si de amor
e também de negação
Dois corações
sem respeito, só cobrança
batem por insegurança
E, se percebem que dois não podem ser um
Nessa busca de baterem juntos
em som ritmado
tornam-se cada vez mais fundos
vazio distante descompassado
Os limites invisíveis
o calor já dissipado
as palavras indizíveis
o sangue ferve rápido
Dois corações
de repente, param
as promessas de amor
sem dor, se calam
E nesse solo desespero
que só no fim é notado
o coração sem desvelo
só quer ser respeitado
Some o mundo
perde o pulso
síncope dos corações separados...
... e depois do ar tomado
redobram a consciência
da perda do ser amado...
...e os corações ressecados
depois de murchar encharcados
decidem se encher de esperança
e bater pra sempre colados.
Denise Barra
(novembro de 2003)
Dois corações
Dois corações se alegram
se ajustam no compasso
Dois corações se alimentam
E, aos poucos, te abraço
É tão bom que quero mais
Só os dois e nada faz
Seu sangue é meu vinho
Seus pêlos, o meu ninho
Dois corações se arranham
se destroem sem motivo
se engolem, se reclamam
E, aos poucos, eu me privo
Dois corações tentam em vão
se tornarem um
que não cabe em si de amor
e também de negação
Dois corações
sem respeito, só cobrança
batem por insegurança
E, se percebem que dois não podem ser um
Nessa busca de baterem juntos
em som ritmado
tornam-se cada vez mais fundos
vazio distante descompassado
Os limites invisíveis
o calor já dissipado
as palavras indizíveis
o sangue ferve rápido
Dois corações
de repente, param
as promessas de amor
sem dor, se calam
E nesse solo desespero
que só no fim é notado
o coração sem desvelo
só quer ser respeitado
Some o mundo
perde o pulso
síncope dos corações separados...
... e depois do ar tomado
redobram a consciência
da perda do ser amado...
...e os corações ressecados
depois de murchar encharcados
decidem se encher de esperança
e bater pra sempre colados.
Denise Barra
(novembro de 2003)
Comments
quanto tempo... belas metáforas no belo poema!
como estás em sampa? aqui: voltei a escrever em blog, em endereço novo, casa nova: www.afoxe-aluande.blogger.com.br
beij'abraço, george
Esse poema é velhinho, mas que bom que vc gostou. Vou passar no seu blog. Tudo bem em SP, nas praias, em BH, por todo canto. Apareça!
bjs
D